Ômicron é um alerta para a manutenção dos cuidados nas empresas
Delta, Gama, Belta e, mais recentemente, Ômicron. As variantes do Coronavírus – causador da Covid-19, são diversas. Para alguns especialistas esse é o indício de que a doença possa ser no futuro como a gripe, cujo vírus sofre mutações de tempos em tempos. Até o momento, a Organização Mundial da Saúde (OMS) já identificou cinco variantes de preocupação, ou seja, versões que parecem serem transmitidas mais facilmente, como a Ômicron. Além dessas, há duas variantes de interesse, que são aquelas identificadas, mas sem a mesma facilidade de transmissão ou risco de gravidade, e três de monitoramento, que estão sob estudo para então serem classificadas.
No cenário macro, a importância da vacinação se destaca como um dos principais recursos de controle da disseminação da doença. Já aos gestores de facilities, de pessoas e tomadores de decisões nas empresas cabe seguir com o tema em pauta, mantendo com rigor os protocolos e processos de prevenção e monitoramento. Aliás, diante da possibilidade desses tipos de vírus serem frequentes a partir de então, a maior parte dos cuidados devem ser incorporada às rotinas organizacionais. Confira a seguir cinco medidas que não podem mais ficar de fora.
1. Uso de tecnologias germicidas
Com o foco voltado à preservação da saúde e bem-estar dentro dos ambientes corporativos, tecnologias de eficácia comprovada na descontaminação de ambientes voltaram à cena por meio de novas maneiras de utilização. É o caso das lâmpadas ultravioletas, que emitem ondas na faixa de radiação C, conhecida pela sua função germicida. Como mostramos nesse artigo sobre a Tecnologia UV-C e a qualidade do ar interior, elas já tinham o uso consolidado em ambientes públicos dos Estados Unidos e em alguns países da Europa para a descontaminação de superfícies, equipamentos de proteção pessoal e purificação de ar, mas novos testes reafirmaram sua função germicida contra vírus, fungos e bactérias, quando instaladas nos equipamentos de ar-condicionado . O tema, inclusive, foi abordado em um estudo apresentado e premiado na Associação Brasileira de Manutenção e Gestão de Ativos (Abraman)
2. Manutenção do ar-condicionado em dia
Os equipamentos de climatização oferecem potencial risco à saúde quando não estão com a manutenção em dia e devidamente higienizados, independentemente da pandemia do Coronavírus. Tanto que o Plano de Manutenção, Operação e Controle passou a ser obrigatório pela Lei Federal nº 13.589/18, conhecida como a Lei do PMOC. O principal objetivo foi criar normas e procedimentos relacionados com a programação de manutenção em sistemas de ar-condicionado, um dos maiores (senão o maior) propagador da Legionella – bactéria encontrada em sistemas de circulação de águas prediais, nos sistemas de climatização, transmitida por via aérea, que pode causar um quadro de pneumonia grave nos infectados.
Os riscos também estão associados à poluição do ar interior que, segundo a Agência de Proteção Ambiental do Estados Unidos (US Environmental Protection Agency), pode ser de até quatro ou cinco vezes maior que a poluição externa. A gravidade da questão levou a OMS a reconhecer a Síndrome do Edifício Doente (SED) na década de 1980, após uma contaminação coletiva de pneumonia em um hotel na Filadélfia, que ocasionou a morte de 29 pessoas. Classificada como um conjunto de doenças causadas ou estimuladas pela poluição do ar em espaços fechados, a SED atinge cerca de 30% das edificações em todo o mundo, podendo chegar a 50% no Brasil, segundo estimativas da entidade.
Em tempo de pandemia, seguir com rigor as normas da lei e incluir procedimentos preventivos extras tornou-se indispensável às edificações. Junto às boas práticas no uso do equipamento, como renovação do ar, filtragem, controle de temperatura e umidade, e o monitoramento da qualidade do ar, preconizadas pela Associação Brasileira de Refrigeração, Ar-Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava), a manutenção preventiva também é fundamental para otimização dos recursos e aumento da vida útil dos sistemas como um todo. Um equipamento limpo e com as vistorias em dia, por exemplo, tende a ser até 70% mais eficiente energeticamente que um sistema sujo e contaminado.
3. Limpeza e sanitização profissionais
Não basta mais que os ambientes de trabalho estejam limpos. Eles precisam estar limpos, sanitizados e passarem a sensação de limpeza para as pessoas. Os protocolos especiais, portanto, devem ser mantidos com rigor, com processos bem estruturados, equipes treinadas e produtos adequados, que tenham a função sanitizante e, ao mesmo tempo, sejam menos nocivos possíveis à saúde humana e com menor impacto ao meio ambiente. As empresas especializadas podem ser grandes aliadas no uso de produtos e tecnologia adequados para ajudar a evitar a proliferação do vírus.
4. Comunicação transparente
A percepção de segurança é tão importante quanto a segurança em si. Para que as pessoas se sintam seguras, é necessário comunicar, de forma transparente, as medidas de segurança e protocolos adotados. Paralelamente, o esforço de comunicação deve ter como foco manter as pessoas engajadas no objetivo de garantir a segurança de todos. Afinal, com o tempo, é normal “baixar a guarda” e é justamente isso que as empresas não podem deixar ocorrer. Os protocolos estabelecidos para ajudar a prevenir a propagação do vírus dentro ou fora das organizações devem continuar sendo seguidos por todos. O monitoramento faz parte desse processo. Para isso, há cada vez mais tecnologias disponíveis, como as câmeras com mapeamento de calor para identificação de pessoas com febres ou sem o uso de máscara.
5. Imunização
Segundo o Centro para controle e prevenção de doenças (CDC) as pessoas vacinadas “têm seis vezes menos chances de serem infectadas, 12 vezes menos chances de serem hospitalizadas e 14 vezes menos chances de morrerem de Covid-19”. Trata-se, portanto, de uma das melhores maneiras de prevenir que a doença avance para um quadro grave de hospitalização ou morte. Por isso, deve ser encorajada entre os funcionários.
Com informações disponíveis e o avanço da imunização da população, a manutenção dos cuidados preventivos é mais um importante instrumento para ajudar no controle da disseminação da doença, seja pela variante Ômicron ou suas subvariantes, como a BA.2 que já infectou seis pessoas no Brasil. Nesse link, você pode acessar gratuitamente o Guia de Boas Práticas contra o novo coronavírus, validado pela consultoria do Hospital Sirio-Libanês, que traz as recomendações para que todos exerçam suas atividades de forma segura em edificações comerciais.