01 jun 2022

Design sensorial: Despertando sentidos com a decoração

Tradicionalmente, arquitetos e designers desenvolvem projetos com o objetivo de agradar apenas a visão, que é o primeiro ponto de contato e conexão com o ambiente, desconsiderando os outros sentidos. Porém, esta prática vem mudando e muitos espaços já estão sendo projetados a partir do fundamento do design sensorial. 

Diante do aumento da adesão ao formato híbrido de trabalho, tornar o ambiente corporativo interessante, estimulante e reforçar seu papel como local de conexão com a marca, o design sensorial pode ser uma ferramenta estratégica para ajudar os gestores a responderem a esse desafio. 

 

O que é o design sensorial? 

O design sensorial ou arquitetura sensorial utiliza mais que elementos estéticos em um ambiente. Ele engloba tudo o que podemos ver ou sentir por meio de sons, aromas, conforto térmico, boa iluminação, entre outros fatores.   

Este conceito pode ser traduzido, por exemplo, no direcionamento estratégico da luz, na escolha de cores que influenciam, de uma forma ou outra, o humor, nos aromas, que podem aliviar o estresse, nos sons, que podem despertar diferentes sensações e até no uso de texturas, do controle da temperatura e da ventilação do ambiente. Todos os fatores que despertam memórias afetivas, alívio do estresse, aumento da criatividade e foco, melhora na qualidade de vida, entre outros benefícios.  

Decoração com texturas, jardins perfumados, culinária exclusiva, banheiros com toalhas macias, aromas especiais e a presença de plantas são alguns exemplos de arquitetura sensorial que fazem sucesso.     

 

Por que aplicar o design sensorial em ambientes corporativos? 

O design sensorial permite que todas as pessoas recebam algum tipo de estímulo positivamente. No entanto, projetar espaços corporativos que possibilitem a sinergia entre as equipes, de uma forma única, em um modelo de trabalho híbrido, gerando experiências significativas e despertando os cinco sentidos de cada colaborador é uma tarefa desafiadora para arquitetos e designers. 

 

Explorando a riqueza do design sensorial 

Aroma 

O aroma tem o poder de provocar emoções fortes e evocar memórias. Um teste realizado pela empresa de perfumes ScentAir descobriu que adicionar aromas ao sistema de ar-condicionado, quando feito no nível correto e com o aroma certo, pode aumentar o nível de satisfação dos ocupantes do edifício, bem como melhorar sua percepção da qualidade do ar interno. 

Os aromas também podem reduzir erros administrativos, reduzir o estresse e aumentar a criatividade. 

 

Paladar 

Algumas empresas investem em programas de alimentação saudável para estimular o paladar. Oferecem, inclusive, estações com alimentos para seus funcionários, o que também ajuda na interação entre eles. Sem contar o estímulo a uma alimentação mais equilibrada e saudável, que tem impacto direto na qualidade de vida. 

 

Toque 

Um dos elementos de toque no design do espaço de trabalho é a ergonomia. Se o seu mobiliário tiver uma ergonomia inadequada, seus funcionários logo sentirão isso nas costas, pescoço e ombros, resultando em baixa produtividade e até absenteísmo. Garantir que o design do seu escritório tenha ergonomia de alta qualidade aumentará o bem-estar e o engajamento em seu espaço de trabalho. 

 

Menos pode ser mais 

Equilíbrio é fundamental para que o design sensorial funcione. Sobrecarregar o ambiente com uma abundância de cores ou sons intensos pode ter o efeito inverso ao desejado. No final das contas, todos esses elementos devem estabelecer um espaço coeso que ofereça às pessoas mais que um ambiente seguro e saudável, mas um espaço onde se queira estar, onde o tempo flui naturalmente e, no melhor dos casos, de onde seja possível sair melhor do que entrou.