21 jun 2022

Serviços agregados em empreendimentos comerciais

A busca pelo equilíbrio entre a vida pessoal e profissional tem aumentado entre os trabalhadores. Trânsito, tempo limitado, longas distâncias são alguns dos fatores que levam as pessoas a quererem se locomover cada vez menos pela cidade e preferirem o modelo de trabalho híbrido, home office ou mesmo optar por trabalhar o mais perto possível de casa.   

É nesse cenário em que tempo é um recurso valioso, que acrescentar serviços ao empreendimento deve estar na pauta dos gestores de condomínios corporativos, deixando o empreendimento em dia com as demandas atuais e a nova dinâmica de trabalho, em que o espaço precisa fazer valer a visita. 

 

Benefícios dos serviços agregados  

Ao oferecer serviços agregados e comodidades que facilitam a vida das pessoas, os condomínios se beneficiam de quatro formas: entregam uma experiência positiva ao cliente/usuário, diversificam as receitas, aumentam o valor dos ativos e, ainda, o tornam mais competitivos para atrair e fidelizar inquilinos. Ou seja, além da infraestrutura dos empreendimentos comerciais e a sua localização, lojas instaladas e serviços agregados em geral são diferenciais que agregam valor.  

 

Serviços para facilitar a vida do usuário e agregar valor ao empreendimento 

Para atender às exigências das empresas, os prédios corporativos tendem a apostar cada vez mais nos serviços agregados, afinal, oferecer soluções e serviços também contribuem para que as empresas somem atributos para engajarem mais seus colaboradores.  

Mais do que cafés e salas de reuniões compartilhadas, que podem ser locadas por hora, as novas estratégias buscam oferecer serviços e soluções para um público diversificado que procura resolver pendências do dia a dia, se possível, em um único lugar. 

Locar um guarda-chuva na recepção de um edifício ou recarregar o carro elétrico na garagem do prédio já são serviços oferecidos em empreendimentos corporativos. Confira e inspire-se em alguns exemplos. 

 

Serviços agregados com foco no bem-estar 

Com o crescimento do movimento em prol do bem-estar, apostar em salas e jardins de descompressão pode ser uma alternativa para espaços ociosos ou difíceis de locar.  

Esses espaços são projetados para que os funcionários possam dar uma pausa, descansar, relaxar e descontrair antes de voltarem às suas respectivas mesas com a “bateria” recarregada e boas ideias.  

 

Mobilidade e transporte compartilhado 

Muitas pessoas, principalmente as da nova geração, estão adotando hábitos mais sustentáveis em suas vidas, como o uso de bicicletas e patinetes para ir e vir do trabalho ou até mesmo ir a uma reunião. 

Em alguns lugares, a destinação de uma área no estacionamento do edifício, para que seja feito um bicicletário, já é obrigatória. É preciso levar em conta a legislação de cada cidade para verificar as exigências legais, mas, ainda que essa não seja uma obrigatoriedade, pode ser uma demanda do público que, uma vez atendida, pode agregar valor… e receita. 

No que se refere ao patinete, alguns edifícios comerciais possuem estações próprias de patinete para uso compartilhado. Já os carros compartilhados podem trazer uma receita adicional e diminuir o número de carros estacionados na garagem. De quebra, as soluções colaboram para reduzir o impacto negativo no meio ambiente.   

 

Serviços 

Quem nunca teve que parar no supermercado a caminho de casa? De instalação simples e sem custos, um minimercado no condomínio traz conveniência e praticidade para os frequentadores do edifício.  

O condomínio precisa apenas disponibilizar um espaço adequado com pontos de energia e de internet, pois o investimento com mobiliário, equipamentos e produtos fica por conta da empresa que fará a operação e a administração do minimercado.  

Serviços de locação de guarda-chuva e lavagem a seco do carro também são “uma mão na roda”, que facilitam o dia de qualquer um.  

O custo de instalação desses três serviços é baixo. Será necessário apenas locar ou ceder um espaço para a operação das empresas. 

 

Eletroposto 

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) fez uma regulamentação simples sobre o assunto e deixou a cargo das empresas decidirem se cobrarão ou não o serviço de recarga de carros elétricos e híbridos plug-in e o valor cobrado por essa carga. No Edificio Palácio Austregesilo Athayde, empreendimento administrado pela Engepred, no centro do Rio de Janeiro, a novidade já foi inaugurada, com duas vagas para carregamento de carros elétricos.   

Uma das desvantagens do eletroposto é o valor dos carregadores. Segundo levantamento da empresa de tecnologia ABB, um carregador residencial (chamado de wallbox) custa entre R$ 5 mil a R$ 10 mil e é suficiente para abastecer um veículo elétrico de autonomia de 300 km entre 8 e 12 horas. Já um eletroposto público de carga rápida (1 a 2 horas para o mesmo veículo) custaria de R$ 50 mil a R$ 60 mil. Mas dependendo da negociação e dos parceiros, o empreendimento pode ficar isento do pagamento propriamente dito.  

Se há vontade em agregar valor e trazer ainda mais sustentabilidade à operação, soluções, formatos e parcerias certamente não faltam!