Manutenção de edifícios com altas taxas de vacância
Pandemia, o trabalho híbrido e a postergação na tomada de decisão de expandir espaços físicos contribuíram para as altas taxas de vacância em prédios comerciais e corporativos nos últimos dois anos.
Segundo pesquisa da Canuma Capital, o segmento de escritórios da capital paulista, por exemplo, apresentou uma vacância média de 22,7% no terceiro trimestre de 2021. Segundo o sócio e fundador da Canuma Marcelo Vainstein, em entrevista para a matéria “Vacância de imóveis comerciais em São Paulo”, publicada no site Valor Investe, “a Covid-19 e a recessão de 2020 trouxeram novos desafios ao segmento”.
Um desses desafios é a manutenção do empreendimento em um cenário de vacância elevada. Segundo o diretor-executivo da Engepred Alex Ferreira Gonçalves, “a vacância elevada faz parte do ciclo de vida de um edifício, mas, como lidar com esse cenário e seus desafios é o diferencial”.
Desafios para gestão de empreendimentos com altas taxas de vacância
As instalações vazias representam perda de valorização imobiliária, risco de invasões, incêndios e são um local propício para a prática de vandalismo, roubos de equipamentos e destinação de lixo e entulho, além de foco potencial para propagação de pragas urbanas. Por exemplo no Brasil, a ocupação de edifícios vazios por “sem-tetos” é comum, trazendo riscos de segurança, não só aos proprietários, mas também à sociedade. Os gastos da remoção de sem-teto de prédios incluem, além dos custos jurídicos, restauração estrutural que pode chegar até a reconstrução completa do sistema elétrico por roubo de cabeamento para a venda de cobre como sucata.
Diante desse cenário, é inquestionável ter uma gestão predial ativa, que atue de forma estratégica para minimizar esses riscos de segurança, financeiros e até de imagem. O principal desafio dos profissionais de facilities e gestores prediais como um todo, portanto, é adaptar a gestão de acordo com a condição e necessidade do empreendimento, de forma a obter custos operacionais reduzidos, sem abrir mão da integridade das instalações e conservação da atratividade comercial do imóvel.
Como fazer a gestão predial no cenário de altas taxas de vacância?
Em empreendimentos vazios ou com altas taxas de desocupação quatro principais frentes de atuação precisam compor o plano de ação: as pessoas, a manutenção técnica, a gestão operacional e a gestão financeira.
Com base em projetos já realizados, a Engepred desenvolveu um modelo de gestão baseado nesses pilares, tendo como objetivo prevenir e minimizar os problemas citados anteriormente, que assombram uma edificação nesse cenário de elevadas taxas de desocupação ou mesmo vazios.
O modelo de gestão foi batizado de “5Ss” em referência às iniciais das palavras em inglês support (suporte), safety (segurança das pessoas), security (segurança patrimonial), surronding impact (impacto no entorno) e standby maintenance (manutenção em estado de hibernação).
O pilar estruturante é o suporte ao proprietário de forma transversal. Tem-se, então, as frentes de atuação de segurança, focada em preservar as pessoas; a segurança patrimonial, voltada a garantir a integridade física do empreendimento; o impacto no entorno, a fim de prevenir que a edificação seja polo gerador ou ponto de atração de problemas para a região onde está inserida, como ponto vulnerável para práticas de atos ilícitos, crimes ou foco de proliferação de pragas urbanas; e a manutenção, para manter o prédio em condições de pronta ocupação ao menor custo possível, garantindo também a preservação do ativo imobiliário.
Quer conhecer melhor como funciona o modelo de gestão específico para prédios comerciais e corporativos com altas taxas de vacância ou vazios? Fale com a gente!