centro de custos de um condomínio
21 nov 2018

Quais são os principais centros de custos de um condomínio?

Você sabe o que é o centro de custos de um condomínio? O termo, derivado da contabilidade, indica o ato de separar o empreendimento em setores para identificar suas responsabilidades e participações operacionais, econômicas ou financeiras. Porém, se essa é uma iniciativa da gestão, será passível de transferência a um edifício?

A resposta é: sim. O conhecimento sobre os principais centros de custos dos edifícios permite uma visão mais ampla para realizar um gerenciamento financeiro eficiente. Da mesma forma, tal segmentação ajuda a identificar os gastos condominiais, bem como a compreender onde e como o dinheiro é desembolsado.

Diante desse contexto, chega o momento de descobrir quais são os gastos mais relevantes de um condomínio (é o que apresentaremos neste artigo). Então, que tal saber mais sobre os centros de custos? Acompanhe os tópicos a seguir!

Gestão de pessoas

Você sabia que os gastos com colaboradores podem atingir até 80% das despesas de um condomínio? Os motivos que levam a esse percentual são inúmeros: incluem portaria/recepção, funcionários da limpeza, zeladores e outros. Esse centro de custo é um dos mais relevantes, pois o funcionamento do edifício depende diretamente dele. No entanto, é possível reduzir os gastos.

O primeiro passo é considerar a terceirização da mão de obra, com a contratação de uma empresa de gestão de facilities, por exemplo. Assim, a responsabilidade é transferida a um empreendimento especializado, que se encarregará do pagamento de salários, da realocação de colaboradores, do processo seletivo, do controle de faltas etc.

Outra maneira de economizar é organizar a escala de colaboradores para evitar o pagamento de horas extras. Você também pode diminuir os dias de trabalho do pessoal da limpeza e dos zeladores. Entretanto, é preciso fazer as contas para verificar o custo-benefício.

Transporte vertical

Os elevadores costumam envolver um alto gasto com manutenções e, por isso, compõem um centro de custo específico para o condomínio. Apesar da despesa, trata-se de itens importantes para a qualidade de vida e o conforto de todos que moram ou trabalham no local.

É preciso verificar o contrato mais adequado, que oferece o maior custo-benefício. Aqueles voltados à manutenção costumam incluir a substituição de peças e são indicados para equipamentos antigos. Já os de conservação são ideais para os modelos novos, já que o foco é a preservação (e não a reposição de itens).

Perceba que a manutenção do transporte vertical, assim como de outros equipamentos (a exemplo de portões eletrônicos, interfones, para-raios, geradores e câmeras de segurança), representam até 12% dos gastos quando não são tomados os cuidados necessários.

Para economizar, além do contrato, é importante fazer revezamentos das máquinas, vistorias e manutenções sempre que possível, com o objetivo de evitar acidentes e panes. A ideia é manter somente um elevador ligado e, assim, diminuir o consumo de luz — o percentual gasto é de até 30% —, prezando pela conservação do equipamento.

Água

A água representa até 12% do custo. Seu consumo é comum e inevitável, mas é possível realizar melhorias e campanhas de conscientização para um bom uso do recurso hídrico.

Uma ação imprescindível é executar inspeções semestrais para identificar vazamentos em unidades e áreas comuns. A economia pode chegar a 30%. Da mesma forma, é importante analisar o consumo diário para detectar grandes diferenças. Se isso acontecer, pode haver algum problema.

Instalar redutores de vazão em torneiras e chuveiros é uma boa alternativa para evitar o desperdício. Do mesmo modo, a instalação de cisternas que reaproveitem a água da chuva é recomendada para limpar áreas comuns e regar plantas.

Energia

A iluminação de áreas comuns e a energia elétrica usada em equipamentos de segurança, elevadores ou portões costumam constituir cerca de 4% dos gastos de um condomínio. Assim como a água, a luz é essencial às atividades de um edifício, mas também exige economia por meio de medidas simples.

Usar sensores de presença e lâmpadas econômicas é o primeiro passo. Verifique também a possibilidade de desligar luminárias e postes durante a noite, além de trocar equipamentos antigos (elevadores, por exemplo) por outros novos e mais econômicos. Porém, essa decisão só deve ser tomada depois de uma devida análise do custo-benefício.

Uma alternativa simples, mas que faz toda a diferença, é programar o elevador para permanecer no andar em que parou em vez de voltar ao térreo. Essa alteração, conforme a demanda de uso, oferece um retorno considerável — especialmente quando aliada a outras iniciativas e a campanhas de conscientização.

Despesas diversas

Nesta categoria, estão incluídos gastos com:

  • seguro condominial;
  • taxas bancárias;
  • atestados;
  • materiais;
  • produtos de limpeza;
  • uniforme de funcionários;
  • pequenas peças de reparo elétrico etc.

Tal centro de custo chega a impactar 6% de um condomínio, sendo importante porque interfere na qualidade de vida dos condôminos, além de garantir a preservação do edifício. Nesse contexto, várias iniciativas devem ser tomadas para reduzir os gastos, como:

  • investir em produtos de limpeza de qualidade, que rendam mais e limpem melhor;
  • deixar que o próprio zelador faça pequenos reparos;
  • utilizar os produtos exigidos pela fabricante para a manutenção dos equipamentos;
  • manter as apólices de seguro em dia e renová-las no tempo certo;
  • realizar orçamentos para identificar o preço mais competitivo.

Mais uma vez, lembre-se de que a terceirização é uma via interessante. Várias dessas despesas podem ser incluídas no contrato — o que gera economia.

Gestão condominial

A administração do condomínio representa aproximadamente 5% dos gastos. É imprescindível contar com um síndico, mas a gestão deve ser eficiente. O recomendado é que esse custo ajude a diminuir os demais apresentados anteriormente. Se isso não acontecer, está na hora de rever o gerenciamento.

Contratar uma empresa especializada é um bom negócio. Como os profissionais já trabalham na área e sabem exatamente o que é necessário para resolver os problemas existentes, diagnosticam os erros e mudam rapidamente o cenário para otimizar os gastos. Além disso, analisam aspectos que impactam diretamente o desempenho da gestão, como:

  • documentação contábil/fiscal;
  • contratos de prestadores de serviços;
  • processos de compra de insumos;
  • implementação e elaboração de projetos.

Em suma, é importante manter diferentes centros de custos em um condomínio, pois tal separação permite visualizar melhor cada segmento. A partir disso, fica mais fácil fazer uma análise individual, que considere as características dos setores. Assim, as ações indicadas neste artigo podem ser implementadas para obter a economia desejada.

Agora que você já sabe que vários aspectos impactam na gestão e no centro de custos de um condomínio, que tal descobrir mais detalhes sobre a manutenção predial? Saiba como essa atividade reduz gastos e aumenta a produtividade!