Você conhece os edifícios inteligentes?
11 abr 2019

Você conhece os edifícios inteligentes?

Quando se fala em inovações tecnológicas, à primeira vista pensa-se em novos gadgets ou computadores mais poderosos. No entanto, esses recursos não ficam limitados apenas a essa área, sendo que muitas dessas inovações já estão sendo implementadas na construção para arquitetar edifícios inteligentes e sustentáveis.

A maior parte desses smart buildings buscam convergir tecnologias com gerenciamento de infraestrutura, adotando soluções de TI para preservar, aprimorar a eficiência e diminuir os custos, como com energia elétrica.

Pensando nisso, desenvolvemos este artigo para expor informações sobre o assunto e ajudá-lo a ter maior controle na sua organização. Acompanhe!

O que são edifícios inteligentes?

O conceito sobre prédios inteligentes chegou ao Brasil a partir da aplicabilidade em outros países considerados de primeiro mundo. Aliando os recursos mais avançados de tecnologia e manutenção, os prédios nacionais, assim como os estrangeiros, buscam diminuir os custos de conservação e minorar os impactos ambientais.

Essa característica das construções ganha cada vez mais espaço no mercado, sobretudo em cidades como Rio de Janeiro, São Paulo e Curitiba, os maiores investidores desse modelo de empreendimento nacionalmente.

Dentre as características tecnológicas sustentáveis destaca-se a redução do consumo de água e o seu tratamento. Essas construções saudáveis buscam proporcionar um ambiente mais confortável e agradável, aumentando a produtividade de todos.

Para a construção dessas edificações, as equipes técnicas elegem quatro adjetivos que são julgados imprescindíveis para qualquer projeto. Esses atributos permeiam a eficiência de suas conexões com câmeras, computadores e sistemas, flexibilidade para modificações em obra, modernidade e ecologicamente correto.

O grande cerne da questão é envolver as tecnologias disponíveis e gerenciar os dados coletados para atingir a automação na capacidade de monitorar o desempenho, identificar ineficiências e corrigir automaticamente os problemas, aproveitando ao máximo os recursos disponíveis.

Resumidamente, a conexão das tecnologias engloba o alcance às pessoas que, por sua vez, obtêm sistemas inteligentes para controle de iluminação, elevadores, ar-condicionado, aproveitamento de água e vento, entre outras modernizações.

Quais as dificuldades em fazer edifícios inteligentes?

De acordo com os especialistas na área, as maiores dificuldades na construção de edificações inteligentes não estão na tecnologia disponível para implementação, mas, sim, em encontrar maneiras para gerenciar esses padrões tecnológicos.

A nova perspectiva está em não tratar mais as construções como ferro, areia e cimento amontoados, mas em organismos vivos com profissionais capacitados para os tornarem verdadeiramente inteligentes, de acordo com as necessidades e escopos de projeto.

A forma mais eficaz de realizar um programa de necessidades para a construção é pensar nas utilidades principais e nas possibilidades de aplicação, aliado à disposição e criatividade. Ou seja, o intuito é identificar um problema ou situação ineficaz e contorná-lo tecnologicamente de maneira conveniente.

Um exemplo prático são os estacionamentos de prédios comerciais inteligentes. Ao chegar ao local, um aplicativo responsável pelo gerenciamento direciona o motorista até a vaga disponível mais próxima. Apesar de parecer simples, em situações de grande escala traz economia de combustível e redução da emissão de CO2, diminuindo o tempo gasto para achar uma vaga.

Um dos requisitos que asseguram a eficiência energética e ambiental é a certificação LEED, do inglês Leadership in Energy and Environmental Design, com informações que reforçam essa ação. O Brasil está em 4° no ranking de edificações inteligentes com certificação, que sozinha confere uma valorização de 4% a 8% por metragem quadrada do imóvel.

O sistema inteligente gera dados constantes diariamente, advindos de diversas fontes para compor um retrato completo da construção, como o comportamento dos ocupantes e seu uso diário.

Um gestor de facilities, ou gerente de facilidades, às vezes considerado invisível, é o grande mentor da administração e operação integrada de serviços e ações de infraestrutura para apoio nas empresas. Nos edifícios inteligentes, com as análises mais eficientes, rápidas e autônomas, um gestor de facilities precisará se atualizar e se transformar.

Dessa forma, a nova posição do gestor o torna com uma postura mais analítica e estratégica. Isso porque com a inclusão dos sistemas independentes, o próprio edifício se encarrega de tarefas mais simples, como a reposição de materiais, intervenção de segurança ou limpeza.

O gestor, portanto, passa de uma avaliação reativa, em que ele tem que tomar uma ação diante da situação, para uma preditiva, prevendo os cenários e ajustando-os com mais precisão e rapidez. Com o uso mais inteligente dos recursos e redução das falhas humanas, os impactos serão percebidos diretamente no orçamento.

Vale ressaltar que o gestor não trabalha individualmente, o que implica na equipe de profissionais atuantes ser qualificada para manipular as novas tecnologias sempre com a postura preventiva. Desde a equipe de limpeza, portaria, recepção e segurança, todos devem estar preparados para lidar com esses sistemas, trabalhando em união com eles.

Quais são as principais inovações tecnológicas nos edifícios inteligentes?

Diferente do modo de construção tradicional, um empreendimento inteligente alia tecnologias sustentáveis e saudáveis que podem, por exemplo, reduzir o consumo de água ao mesmo tempo em que trata a qualidade para uso dos ocupantes.

Um dos mais famosos empreendimentos inteligentes do Brasil é a Arena Castelão, localizada em Fortaleza, no Ceará. Com as reformas para a Copa do Mundo de 2014, o escopo de projeto foi desenvolvido para ser inteligente, agrupando tecnologias e ferramentas diferentes. As colas, tintas e revestimentos utilizados atendem aos limites de compostos orgânicos voláteis (COV), que não fazem mal ao usuário.

Para aumentar a compreensão sobre o tema, listamos a seguir as principais características que envolvem os smart buildings.

Sistemas automatizados

A automatização de um sistema faz com que os processos ocorram automaticamente, controlando mecanismos para sua própria operação. Tem como objetivo reduzir custos, otimizar tempo e aumentar a qualidade da produção.

O sistema de autoatendimento já é utilizado em edifícios com o objetivo de agilizar o processo de acesso de usuários. É realizado apenas um cadastramento prévio antes de chegar ao local, não necessitando passar por nenhum recepcionista na entrada. Além de reduzir a quantidade de funcionários, a qualidade do serviço não é afetada, economizando tempo e automatizando as ações.

Infraestrutura digital

A infraestrutura é o suporte para as organizações realizarem uma transformação digital e, portanto, é o pontapé inicial para a renovação das máquinas. A principal característica está na redução dos riscos das decisões julgadas pelos gestores e em tornar os processos mais precisos.

A substituição de sistemas convencionais por soluções em nuvem é um exemplo básico desse processo. No modelo antigo há a exigência de uma equipe para responsabilizar-se pelos programas e equipamentos, exigindo tempo e recursos para manutenções. A contratação de serviços em nuvem para conservação de arquivos e documentos digitais pode ser a chave para essa questão.

Medidas de eficiência energética

O uso racional consiste em utilizar de maneira eficiente a energia disponível para obter um resultado de diminuição no consumo. Ao utilizar menos energia, constituímos um sistema com eficiência energética.

Edifícios que usam isolamento térmico para consumirem menos energia em aquecimento e arrefecimento e mantém a temperatura confortável, que substituem as antigas lâmpadas incandescentes por lâmpadas econômicas ou que utilizam aparelhos com melhor eficiência fazem parte das construções inteligentes que buscam reduzir as despesas com energia.

Monitoramento remoto

Diferentemente de um sistema de alarmes comum, o monitoramento remoto faz com que os responsáveis pelo local sejam informados automaticamente da ocorrência do acionamento do alarme de segurança para tomar as medidas cabíveis em tempo hábil. Sua utilização em empresas é muito recomendada, visto que têm um grande número de equipamentos e informações confidenciais.

Esse tipo de sistema pode ocorrer de diferentes formas, isolada ou simultaneamente. Entre essas características destaca-se o monitoramento por vídeo, que torna possível visualizar tudo que ocorre na empresa, o aviso por mensagem para atualizações mais rápidas, o alarme remoto para checagem e o acionamento e acesso inteligente a portas ou entradas que podem ser configuradas à distância.

Sobretudo, edifícios inteligentes, ou smart building, buscam otimizar o processamento e gerenciamento de informações. As soluções tecnológicas são aplicadas para que as ações sejam preventivas e não apenas corretivas, aumentando a produtividade dentro da organização. Uma rede de sistemas automatizados apresenta-se como uma alternativa para aqueles que buscam eficiência e economia em um mercado cada vez mais competitivo.

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